A Justiça de São Paulo manteve a decisão que permite que Alexandre Nardoni permaneça em liberdade e cumpra o restante de sua pena fora da cadeia. Ele foi condenado a 30 anos de prisão pelo homicídio da própria filha, Isabella Nardoni, em 2008, mas foi solto no dia 6 de maio.
Depois da soltura, o MPSP (Ministério Público de São Paulo) entrou com recurso de agravo de execução contra a decisão. O órgão considerou que Nardoni praticou crime hediondo bárbaro ao matar a filha de 5 anos.
De acordo com o portal R7, a decisão manteve o cumprimento da pena em regime aberto. O despacho ocorreu na sexta-feira (24), pela juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, da 4ª Vara de Execuções Criminais.
Vale lembrar que Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella Nardoni, deixou a prisão, em Tremembé, no interior de São Paulo, em 20 de junho de 2023. Ela obteve a progressão da pena para o regime aberto.
Caso Isabella Nardoni: relembre o crime
O crime ocorreu na noite de 29 de março de 2008. Isabella Nardoni, de 5 anos, morreu após, supostamente, cair da janela do sexto andar do Edifício London, na Vila Mazzei, zona Norte de São Paulo.
Em seu depoimento, Alexandre e sua ex-esposa, Anna Carolina Jatobá, afirmaram que tinha mais alguém no apartamento, porém essa versão foi negada pelos peritos criminais na época, conforme o R7.
Revisão de pena pode mudar sentença
Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta condenados pelo assassinato de Isabella Nardoni, de 5 anos, tentam anular a sentença pelo crime pelo qual foram condenados.
Os advogados de Alexandre e Anna planejam um pedido de revisão da pena. O recurso é usado em casos de contestação de sentenças que se tornaram definitivas. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles.
O julgamento que considerou Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá culpados pela morte da menina, ocorrida em 2008, chegou à decisão final em outubro de 2018. O processo foi reativado, a pedido da própria defesa do casal, em 2022.
Fonte: BRUNA ZIEKUHR/ND+