O comércio é o setor econômico que mais perdeu com a enchente que atinge Santa Catarina desde os primeiros dias de outubro. Uma sondagem realizada com empresários através da Fecomércio procurou medir o prejuízo sofrido pelas empresas catarinenses com as fortes chuvas.
De acordo com o levantamento, 72,8% das empresas consultadas experimentaram redução do faturamento no período. A redução média no faturamento das empresas que participaram da sondagem foi de 35,5%. O comércio apresentou perdas de 36,4%, o turismo de 35,6% e os serviços mostraram queda de 35,5 %.
As empresas do Vale do Itajaí foram as que mais perderam em vendas (40 %), enquanto as do Sul do estado calcularam reduções da ordem de 28,8%.
Portas Fechadas
Foram 35,3 % das empresas que precisaram interromper o atendimento aos clientes. Destas, 46,9% precisaram fechar pela dificuldade de acesso, tanto de clientes quanto de funcionários; 44,4% fecharam de forma preventiva e apenas 8,6% dos estabelecimentos fecharam o estabelecimento físico, mas conseguiram realizar outros tipos de atendimentos (remoto, online, entregas etc).
Entre os empresários ouvidos que afirmaram ter sofrido prejuízos com o estabelecimento físico do negócio, o principal dano relatado foram os problemas relacionados às vias de acesso ao estabelecimento (31,8%), sendo seguido por danos na estrutura do estabelecimento (13,3%), dificuldades para o abastecimento de mercadorias pelos fornecedores (11,2%) e com mercadorias danificadas (4,3%).
Para 46,5% dos empresários consultados, o Poder Público deveria liberar linhas de crédito emergenciais para capital de giro ou reforma dos estabelecimentos. Em segundo lugar, são apontadas as obras de infraestrutura viária (31,8%) e, 21,7% identificaram a postergação e/ou parcelamento de impostos como uma solução necessária para o momento.
Informações NSC/Renato Igor