Uma operação da polícia civil deflagrada na sexta-feira (23) cumpre mandados de busca e apreensão em empresas do ramo têxtil em Blumenau, Gaspar, Penha e Balneário Camboriú. Os policiais investigam casos de falsificação de marcas famosas de roupas, além de supostos crimes tributários, de consumo, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A ação ocorre através da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Blumenau, com apoio do Núcleo de Inteligência da 3ª Delegacia Regional de Polícia (NINT), da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), da 1ª Delegacia de Blumenau, da Delegacia de Ascurra, da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) do Estado do Ceará e da 1ªDIG/DEIC do Estado de São Paulo.
As buscas e apreensões aconteceram em três empresas de Blumenau. Segundo o delegado Ronnie Esteves, “a partir de notícia de crime protocolada por representantes de marcas notoriamente conhecidas, os policiais civis localizaram três galpões em Blumenau que seriam utilizados para falsificar as roupas para, depois, vendê-las ao comércio em geral, sobretudo em São Paulo, na região do Brás, e Fortaleza, no Ceará”.
Além da produção em massa de roupas falsificadas, as empresas investigadas omitiam informações aos órgãos de controle para pagar menos tributo e também ocultar ou dissimular a origem ilícita do dinheiro, diz a investigação.
Além das buscas nos municípios catarinenses, em São Paulo e Fortaleza houve cumprimento de medidas judiciais. A Justiça ainda determinou o bloqueio de contas bancárias investigadas até o valor de R$ 85 milhões.
Foi determinado também o sequestro de veículos das empresas e dos sócios, além de uma lancha de 38 pés, avaliada em aproximadamente R$ 3 milhões. “Bens guardados em um cofre no banco e um apartamento em Balneário Camboriú de altíssimo padrão também foram sequestrados”, explica o delegado.
Todo material apreendido está sendo encaminhado à Polícia Científica para elaboração de Laudo Pericial. Os investigados serão interrogados, as diligências concluídas e o inquérito policial remetido ao Poder Judiciário, segundo a DIC.