Representando o governador Jorginho Mello, a secretária de Assistência Social, Mulher e Família, Maria Helena Zimmermann, recebeu na manhã desta terça-feira, 21, na SAS, uma comitiva do Ministério dos Povos Indígenas para tratar de questões desses povos em Santa Catarina, entre elas o impacto das chuvas em diversas aldeias, a demarcação de terras, entre outros temas. O secretário da Proteção e Defesa Civil, Coronel Armando, também participou do encontro.
Na reunião com a secretária nacional de Direitos Territoriais Indígenas, Eunice Kerexu, e a secretária nacional de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas, Jozileia Kaingang, a secretária da SAS, Maria Helena, ressaltou o esforço do Governo de Santa Catarina para resolver questões históricas. “Todos os povos indígenas merecem condições dignas e respeito a sua cultura. Nós do Governo de Santa Catarina, já avançamos muito e queremos trabalhar em conjunto com o Governo Federal para resolver problemas históricos”, disse.
Maria Helena comenta ainda que essa articulação é muito importante e que Santa Catarina, que conta hoje com mais de 21 mil indígenas, está comprometida com as causas de todos os povos. “Temos nos aproximado cada vez mais das comunidades indígenas, estreitado o diálogo e não medido esforços para atender as demandas. Precisamos respeitar alguns processos burocráticos, mas temos avançado muito nos últimos meses”, completa.
Jozileia Kaingang afirmou que a articulação é fundamental para acolher as demandas dos povos indígenas da melhor maneira possível e evitar conflitos. “Queremos construir políticas públicas e alinhamento para que as populações sejam atendidas”.
Outro tema tratado foi a emergência climática no estado, que afeta também as comunidades indígenas. “Estamos vivendo de Norte a Sul do Brasil essas situações de emergência, então, é necessário que estejamos preparados para que possamos de forma emergencial atender as comunidades indígenas e toda a população. Precisamos conjuntamente dar essa resposta de forma mais rápida”, enfatizou.
Já Eunice Kerexu, falou dos boatos de que após o julgamento da tese do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas vão invadir espaços de agricultores e que fake news como essas só trazem insegurança para todos os envolvidos. “Existe uma teoria que de tanto ser repetida, hoje acredita-se que é verdade, por isso fizemos questão de trazer em documento todas a áreas que estão em processo de demarcação para que isso fique mais claro e dizer que o objetivo maior é sempre estabelecer um diálogo e evitar conflitos ”, salienta.
Foto: Helena Marquardt/ Ascom SAS