Foto: Divulgação/ Prefeitura Municipal de Blumenau
Em Santa Catarina, pessoas com deficiência e idosos com dificuldade de locomoção não ficam sem atendimento social e recebem em casa a visita do profissional de assistência social por meio do Serviço de Proteção Social Básica em Domicílio. O trabalho garante direitos, inclusão, oportunidades e previne até mesmo o acolhimento institucional.
O serviço é executado pelos municípios e custeado pela Secretaria de Estado da Assistência Social por meio do cofinanciamento estadual. “Ele tem por finalidade auxiliar no desenvolvimento da autonomia das pessoas com deficiência e pessoas idosas, a partir de suas necessidades, prevenindo situações que possam provocar o rompimento de vínculos familiares e sociais dos usuários”, explica a gerente de proteção Social Básica da SAS, Jaqueline Muller.
Além de possibilitar o acesso de pessoas com deficiência e pessoas idosas a toda a rede socioassistencial, esse atendimento em domicílio também garante o acesso aos serviços de outras políticas públicas como educação, trabalho, saúde, transporte especial e programas de desenvolvimento de acessibilidade, além de programas especializados de habilitação e reabilitação.
Jaqueline ressalta que primeiramente é desenvolvido um trabalho dentro do domicílio, mas a intenção é que o serviço não seja permanente. À medida que forem superadas as vulnerabilidades e demandas, os usuários passem a ser atendidos pela rede de serviços públicos.
“É importante que seja realizado um trabalho junto à família e ao usuário e quando os objetivos tiverem sido alcançados, eles deverão ser encaminhados para o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif) ou Serviços de Convivência e Fortalecimento dos Vínculos”, completa.
Blumenau é exemplo na execução desse serviço
Um dos bons exemplos de execução é o município de Blumenau que atende em casa cerca de 40 famílias. A chefe da Diretoria de Proteção Social Básica, Milene Cruz Rocha, explica que esse é um serviço extremamente importante dentro da Política de Assistência Social. “Temos hoje uma estrutura de duas equipes que estão lotadas em dois Cras, mas que atendem pessoas de toda a cidade. Cada equipe é composta por um psicólogo, um assistente social e um educador, e tem a meta de 20 famílias”, salienta.
Ela reforça que as equipes trabalham principalmente o combate ao isolamento social, levando informações para acesso a direitos, discussão sobre a dinâmica da família, organização de novas situações como uma pessoa com deficiência. “Eles trabalham tudo isso dentro do domicílio, identificando os potenciais e melhorando a qualidade de vida desses usuários”, diz.
O foco é atender as famílias até que elas superem a condição inicial e depois elas são encaminhadas para outros serviços. “Temos histórias de muito êxito. Temos uma usuária nossa que era atendida em domicílio quando era acamada. Trabalhamos a questão financeira, a reorganização da família até ela conseguir sair de casa com a cadeira de rodas. Hoje ela está trabalhando, foi inserida em outro serviço nosso e é uma referência. Ela participa de seminários, fóruns e da conferência. Ela é bem ativa”, finaliza.